SINS/RS - O SINDICATO DOS PROFISSIONAIS INSTRUTORES DE TRÂNSITO (AUTO - ESCOLA)

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O surgimento do automóvel


O automóvel como conhecemos hoje é fruto de uma série de descobertas. Sendo assim, não se pode dizer que uma pessoa foi responsável pela criação desse meio de transporte, pois, tal como a humanidade, ele surgiu de um processo evolutivo.

No decorrer da sua evolução, o ser humano aprendeu a transformar o meio à sua volta em função das suas necessidades.

À medida que se deslocava, ele abria e construía novos espaços. Com o tempo, as necessidades o levaram a buscar acessórios que o ajudassem nesse deslocamento.

Desse modo começaram a surgir os primeiros meios de transportes.

Com a formação das primeiras civilizações, a vida em sociedade trouxe novas necessidades e, em conseqüência, novas descobertas.

Registros históricos dos Sumérios, povo que viveu por volta de 3000 a.C., contam que um desconhecido construiu uma prancha e colocou rolões de madeira embaixo dela.

Às margens do rio Tigre e Eufrates, o sumeriano viu seu rudimentar veículo transportar pesos enormes, desenvolvendo cada vez maior velocidade. Neste instante descobria-se a roda, invenção impulsora de diversas outras, entre elas a que chegaria ao automóvel.

Com a invenção da roda, o homem deixou de usar exclusivamente os animais como meio de transporte.

Assim surgiram as carroças e, mais tarde, as carruagens.

Esses meios de transportes foram usados intensamente em todas as civilizações da antigüidade, inclusive nas orientais, tanto para o deslocamento de pessoas, como acessório na agricultura e na guerra.

No Império Romano, aproximadamente 500 anos antes de Cristo, surgiram os primeiros caminhos projetados.

Como Roma era uma cidade populosa e tumultuada, com ruas bastante estreitas, era comum os pedestres terem de caminhar entre as bigas e liteiras, o que ocasionava atropelamentos e congestionamentos.

Tornava-se necessário um meio de organizar esse espaço.

Surgem então as primeiras leis de trânsito.

O imperador Júlio César, por exemplo, proibiu a circulação de veículos pelo centro de Roma durante o dia. Alguns locais já tinham ruas de mão única e estacionamento exclusivo para carroças.

No final do século XV, após muitos anos de evolução, o trânsito começou a dar seus primeiros passos como espaço social. O caos de muitas cidades gerava a necessidade de leis e normas que organizassem a conduta.

No México, por exemplo, longe do nascente Mercantilismo da Europa, o intenso tráfego já era comum nas principais civilizações.

Para organizar esse espaço, as correntes de tráfego foram divididas, pintando-se duas faixas coloridas no meio das estradas.


Já no século XVIII, em 1722, a confusão era tamanha na ponte de Londres, na Inglaterra, que as autoridades resolveram colocar três homens para controlar e disciplinar o tráfego no local.

Esses foram os primeiros guardas de trânsito da história.

Na mesma época, nos Estados Unidos, ainda colônia da Inglaterra, havia multas altas para as carruagens que andassem mais rápido que o passo humano.

Nessa época começaram a ser realizados os primeiros experimentos na tentativa de criar o automóvel.

Em 1769, um francês chamado Nicolas Cugnot (ou Carnot) conseguiu fazer um veículo que andasse por meio de sua própria energia.

Era um trator de três rodas, movido a um motor de vapor (inventado alguns anos antes pelo escocês James Watt). O "automóvel" andava a 4 km/h e tinha que parar de poucos em poucos metros para formar e acumular vapor. Consta que Cugnot sofreu o primeiro acidente automobilístico da história ao se chocar com o muro do quartel, onde servia como engenheiro militar.

Nesse período as invenções eram constantes, pois a Europa preparava-se para a Revolução Industrial.

No século seguinte, no ano de 1803, surgiram as primeiras carruagens sem cavalos, movidas a vapor.

Com um cilindro horizontal, este veículo chegava a velocidade de 13 Km/h, mas assustava as pessoas pelo barulho que fazia. Em vista disso, os motores a vapor foram mais aplicados nas locomotivas.

Como alternativa, alguns cientistas começaram a desenvolver projetos de motores de combustão interna.

Nesses motores, o combustível queimava no interior de um cilindro fechado com bases móveis, os êmbolos ou pistões.

Nessa época já havia novos combustíveis líquidos e gasosos a partir do carvão.

Outra tentativa foram os veículos elétricos, alimentados por baterias, mais rápidos e silenciosos que os de motor a vapor.

Porém, tinham o inconveniente de não poder percorrer longas distâncias porque, logicamente, dependiam da carga das baterias.


Em 1860, o francês Étienne Lenoir construiu o primeiro motor de combustão interna.

Esse motor já possuía um só cilindro, no qual era injetado gás, primeiro numa extremidade, depois na outra. O êmbolo era jogado de uma extremidade a outra, pelas explosões provocadas por corrente elétrica.

Esse princípio é semelhante ao utilizado nos motores atuais. Dois anos depois, outro francês, Alphonse Beau de Rochas, publicou a análise de termodinâmica do novo motor, estabelecendo o princípio do ciclo de quatro tempos.

Em 1876, os alemães N.A. Otto e Eugen Langen já tinha vendido cerca de 35 mil motores com ciclo de quatro tempos para pequenas fábricas locais.

Em 1885 o alemão Karl Benz constrói o que seria considerado o primeiro automóvel da história.

Era um triciclo que carregava o motor na traseira, atrás do único banco do carro. Possuía um cilindro, a quatro tempos, que queimava benzina como combustível, chegando a velocidade de 10 km/h. Já apresentava as principais características dos automóveis modernos: sistema de ignição elétrica, sistema de arrefecimento do motor por radiador e circulação de água, e sistema de transmissão ao eixo por engrenagens diferenciais.

No ano seguinte, o também alemão Gottlieb Daimler, patenteou um motor de combustão interna de alta-rotação, que queimava vapor de petróleo como combustível. Ele construiu um veículo de quatro rodas, com o eixo dianteiro articulado a um pino no centro, para dar a direção.

Benz e Daimler nunca se conheceram, apesar de estarem a uma distância de apenas a 100 km. Seus nomes só se juntaram após as suas mortes, o que originou a empresa Mercedes Benz.

A descoberta da gasolina como combustível levou à substituição dos demais combustíveis utilizados nos motores dos veículos, que passaram a ter uma alimentação de carburante independente.

Essa inovação viabilizou inúmeros projetos e, a partir daí, começaram a surgir diferentes modelos, não só na Europa como também nos Estados Unidos.

Um exemplo é o modelo dos irmãos americanos Charles e Frank Duryea, do ano de 1893.

Em 1894, os franceses Émile Levassor e René Panhard inovaram o modelo de Daimler e deram a forma dos veículos que conhecemos hoje: o motor foi montado na frente do veículo, protegido por um capuz, sobre um quadro de chassi; com a substituição da transmissão por correias de embreagem, que eram operadas por uma alavanca na mão direita; pedais que acionavam o acelerador, freio e embreagem; e utilização do radiador tubular, localizado na frente do automóvel.

Apesar dos automóveis estarem tornando-se comuns, ele era considerado um acessório caro demais, que ainda não tinha comprovado finalidade ou utilidade prática.

Os próprios fabricantes tinham essa visão. Porém, nos Estados Unidos, a popularização do automóvel começou a se concretizar graças ao pioneirismo de Henry Ford.


Ford fabricou seu primeiro automóvel em 1896. Em seguida começou a construir modelos de corrida, os quais usava para propagar o automóvel e testar detalhes de seus carros.

Cinco anos depois, bateu o recorde mundial de velocidade, com seu modelo 999. Em 1903 fundou a sua empresa, a Ford Motors Company. Nessa época ele já defendia a idéia de que, ao produzir automóveis em grande quantidade, de baixo preço e pouco luxo, tornaria o produto acessível, e obteria grande lucro. Para isso, ele lançou em 1908 o modelo "T", um automóvel rústico e barato, que durante os 25 anos em que foi produzido atingiu a marca de 16 milhões de unidades vendidas. Esse fato transformou Henry Ford proprietário de um dos maiores impérios industriais e econômicos de sua época.

Foi o americano Henry Ford (1863-1947) que construiu o primeiro carro movido a gasolina (1893).

Dez anos depois, ele passou a fabricar carros em série na sua fábrica em Detroit, reduzindo seus custos drasticamente e tornando o automóvel um meio de transporte acessível.

Os primeiros foram os modelos T, construídos de 1908 a 1927. Venderam mais de 15 milhões de unidades. "Faço carros de qualquer cor, desde que sejam pretos" dizia ele. Explicação técnica: a tinta preta era mais barata e secava mais rápido.

O primeiro semáforo do mundo foi instalado em Boston, nos Estados Unidos, em 1840.

O primeiro atropelamento com morte, foi no dia 7 de agosto de 1896, na Inglaterra.

O Instrutor de Trânsito


SINS/RS - SINDICATO DOS INSTRUTORES E EXAMINADORES DE CONDUTORES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E ELÉTRICOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
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O INSTRUTOR DE TRÂNSITO

O instrutor de trânsito é o profissional técnico especializado da área de instrução, avaliação, formação e aperfeiçoamento de condutores de veiculos automotores e elétricos, essêncial para todas as atividades relacionadas ao trânsito, em especial à habilitação de condutores e para o registro e credenciamento dos Centros de Formação de Condutores – CFCs, destacando que é a partir da formação técnica profissional de instrutor de trânsito é que deriva as demais especialidades técnicas profissionais de examinador de trânsito, diretor geral e diretor de ensino, todas, atividades técnicas profissionais especializadas diretamente ligadas e relacionadas para a habilitação e formação de condutores de veículos automotores e elétricos, situando o instrutor de trânsito como a raiz principal (essencial) para a formação profissional das outras atividades especializadas, determinadas para a capacitação dos recursos humanos da área de habilitação de condutores, regulada por legislação federal e estadual específicas, devendo, obrigatóriamente, ter o seu registro e credenciamento profissional homologado pelo órgão executivo de trânsito estadual, requisitos essênciais para o exercício da atividade.

O instrutor de trânsito dotado de bons conhecimentos de direção defensiva, não só ensinará a dirigir, mas, sobretudo, ensinará a evitar acidentes, este é o objetivo principal do instrutor de trânsito, os artigos do atual CTB, nada mais é do que estabelecer regras para a garantia de um trânsito seguro para todos.

Diante dos indices alarmantes de sinistralidade nos acidentes de trânsito, temos a certeza de que estamos buscando meios para contribuir para que a sociedade comece a mudar o seu comportamento.

Considerando que todo o condutor de veículo é um pedestre, e nem todo o pedestre é um condutor de veículos e o trânsito é composto de pessoas, animais e veículos e que os mesmos devem conviver em harmonia para o bom desenvolvimento do trânsito, podemos afirmar que todas as ações estão ligadas diretamente na busca de soluções para o bom convívio social o que nos levará para as questões que integram o trânsito de transporte de passageiros, de mercadorias e afins, pois, trânsito é o deslocamento entre um lugar e outro, e as pessoas estão em constantes deslocamentos.


A finalidade principal do instrutor de trânsito é a garantia da preservação da vida de todos os seres humanos, os quais estão transitando de um lugar para o outro, desde o ínicio da história da humanidade.

O instrutor de trânsito é o profissional técnico especializado responsável direto na instrução, avaliação, formação e aprefeiçoamento de candidatos à condutores de veículos automotores e elétricos e de todos os condutores de veículos rodoviários em nosso País, confirmado pelo anigo Código Nacional de Trânsito - CNT(Lei n° 5.108/1966) e o atual Código de Trânsito Brasileiro – CTB (Lei nº 9.503/1997).


O instrutor de trânsito é o responsável direto pelo desenvolvimento da segurança do trânsito em todo Território Nacional, responsável pela mudança de comportamento de toda a sociedade brasileira, responsável pela formatação e qualificação de todos os condutores profissionais que exercem as sua atividades ligadas ao transporte rodoviário em geral, responsável, diretamente, pelo ensino – aprendizagem do trânsito em todos os seus níveis.


O instrutor de trânsito é o profissional responsável pelos desenvolvimentos e conhecimentos específicos que estão ligados e vinculados com os propósitos da didática do ensino do trânsito, compromissado na busca e na eficiência do resgate pela vida.

Com a aprovação do novo Código de Trânsito Brasilerio – CTB, Lei Federal n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, o instrutor de trânsito passou a obter o “status” e condição profissional reconhecida e definida como essêncial para todas as atividades ligadas ao trânsito em nosso País, destacando a atribuição exclusiva e específica do profissional especializado na área de educação de trânsito.

O novo CTB – Lei n° 9.503/97 excluiu a condição de instrutor autônomo e de instrutor especial o que constava na Lei n° 5.108/66 – CNT e no Art. 24, incisos I e II da Resolução n°734/89, elevando o profissional da área de educação de trânsito à condição única e exclusiva como responsável para todos os ditames do processo de formação e habilitação de condutores de veículos em todo o território nacional.

Portanto, a partir da promulgação do novo CTB, das Resoluções e Portarias expedidas pós 1998 está confirmado que somos essênciais para a existência, inclusive, dos órgãos de trânsito de todo o País, pois se considerarmos que para que haja veículo em circulação nas vias, os mesmos deverão ter condutores, e estes condutores deverão estar habilitados e consequentemente, se não tiver condutor habilitado, não poderá ter veículo em circulação, não haverá necessidade de ter as “famosas JARIS, e muito menos os CETRANs e os DETRANs”, pois eles existem só para o que está determinado no CTB, tudo relacionado ao trânsito de veículos e de pedestre e mais nada.

O Eterno Aprendiz


Karl Benz, o grande criador dos veículos Mercedes, achava que a produção de automóveis nunca seria um bom negócio. Ele acreditava que em todo mundo no máximo um milhão de pessoas teriam as habilidades para conduzi-Ios. Se seus carros são hoje magníficas obras de engenharia e segurança, o que ele afirmou foi um erro quase absoluto. Poucas atividades humanas permitem que pessoas tão diferentes a exerçam como o ato de dirigir. Pessoas de ambos os sexos, de quase todas as idades, podem dirigir. Características como estatura, nível educacional, credo religioso, têm também pouca importância.

Porém, como toda atividade humana, para bem exercê-Ia é preciso um aprendizado. Nos países com maior tradição no assunto há uma formação rigorosa para dirigir. Essa formação deve ter etapas que são como degraus a serem galgados. Para bem aprender é preciso um bom projeto pedagógico que contemple duas etapas: uma teórica e outra prática.

No aprendizado teórico o aluno deve aprender noções de direção defensiva, relação com outros usuários, os riscos do trânsito, problemas da velocidade incompatível, problemas de intoxicação alcoólica ou medicamentosa, efeitos nocivos do uso de automóveis para meio ambiente, entre outros aspectos.

A etapa do aprendizado prático é importantíssima. Ela deve ser dividida em cinco fases.

Na Primeira fase o aluno coloca em prática os conceitos de segurança com relação ás portas, retrovisores,visibilidade, uso do cinto.Começa a manejar o veículo, a aprender as primeiras técnicas ao volante ,ligar e desligar, acelerar ou manter a velocidade, frear.

Na Segunda fase ele participa do trânsito. Nesta fase, o instrutor tem um papel importantíssimo no reconhecimento das habilidades e limitações do aluno.

Na Terceira fase o aluno vai aprender a fazer ultrapassagens, dirigir em rodovias. As técnicas devem ser simuladas várias vezes até se possa realiza-Ias na prática sem correr riscos desnecessários. O aluno ainda deve aprender como se comportar em caso de pane ou acidente.

Na Quarta fase aprende a dirigir em condições adversas, fazer manobras um pouco mais complicadas, realizar testes práticos de frenagem, aceleração, curvas mais fechadas descidas ou subidas íngremes. O aluno deve ser levado a situações complicadas que ele encontrará no trânsito. Óbvio, sem que haja riscos.

Na Quinta fase do aprendizado é igualmente importante . Trata-se do comportamento no trânsito. ensinasse a controlar reações de raiva, conflitos e desatenção, além das relações com os outros usuários:pedestres, ciclistas e outros motoristas.

Finalmente, o instrutor de trânsito deve preparar seu aluno para continuar aprendendo.

Essas coisas de só passar no exame, tirar a carteira de habilitação e pensar que é um "sabe-tudo", não existe.

Temos a certeza que desde a invenção do automóvel, ainda estamos aprendendo.

Aliás, temos a nítida clareza de que cada vez aprendemos mais sobre como dirigir melhor.

Infelizmente, reconhecemos que ainda erramos muito no trânsito, mas estamos melhorando através do aprendizado diário.

Assinado: O eterno aprendiz


Consultas mais utilizadas

Veículos - CNH - Infrações